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Moçambique: FADM Incapazes Perante Movimentações de Insurgentes em Cabo Delgado
O governo do PR FILIPE NYUSI (FN) mantém a estratégia de "gestão de danos" do conflito em Cabo Delgado, procurando ganhar tempo no plano interno e externo e não comprometer as promessas de levantamento da suspensão do principal projecto de gás natural a cargo da Total Energies (Área 1). A aposta do governo aponta para a utilização pelo exército dos novos reforços militares provenientes do recrutamento obrigatório e de equipamentos entretanto encomendados, como drones.
O aumento da presença jihadista a sul, para onde vários grupos se deslocaram durante JAN, compromete a circulação para Pemba e volta a colocar pressão sobre a indústria extractiva e sobre a zona norte da província de Nampula. Segundo fontes locais, para além da entrada de estrangeiros recrutados para combater ao lado dos insurgentes em Cabo Delgado, continuam a ingressar nas células armadas dezenas de naturais de Nampula, sobretudo dos distritos de Memba e Erati, que estiveram sob ataque em SET.2022 (AM 1441).
Os últimos 75 dias foram caracterizados pelo agravamento significativo da insegurança em Cabo Delgado, com três momentos diferentes. LER MAIS