Na referida declaração a juíza sublinha que ao tribunal compete garantir os direitos dos arguidos, conforme assegura a lei. Refere ainda que a "celeridade e economia processual" não justificam a omissão de diligências, que podem levar à "introdução de resquícios de uma política inquisitorial" no caso em apreço, a cuja sentença se opõe.

A posição de PAP vai ao encontro de correntes dentro do meio judicial que sustentam que a forma como processos judiciais fundamentais, desde a fase de investigação, têm sido conduzidos, evidencia a condução política dos mesmos, com o objectivo de lesar determinadas figuras - sendo os casos mais evidentes os dos filhos do ex-PR, ISABEL dos SANTOS (IS) e JOSÉ FILOMENO ("ZENU") dos SANTOS. No mesmo sentido, é apontada a inércia da Procuradoria Geral da República perante figuras como MV, que constituiu uma das maiores fortunas durante os mandatos de JES, através de negócios com a Sonangol. LER MAIS