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Guiné-Bissau: Alarme entre Investidores Estrangeiros Após Captura de Armazéns do Povo pelo Governo
A revogação pelo Governo do decreto de privatização da empresa Armazéns do Povo (ADP), com capital português - na prática renacionalizando-a, 30 anos depois da privatização - acentuou uma tendência de alarme na comunidade empresarial local, designadamente portuguesa, com potenciais implicações nas relações entre os Governos de Portugal e Guiné-Bissau.
O episódio é considerado entre a comunidade empresarial local e estrangeira como reflexo de particularidades históricas dos ADP, mas também como uma extensão aos negócios da disputa política, acentuada com a tentativa de golpe de 01.FEV visando o PR UMARU SISSOCO EMBALÓ (USE) e o seu Governo, que atribuem responsabilidade da mesma ao PAIGC e a empresários conotados com este partido.
Tendo capital português a empresa proprietária dos ADP - Interfina, participada pelo luso-guineense ALFREDO MIRANDA ("Duca", ALM) e JORGE FERRO RIBEIRO (JFR, Geocapital) - o caso da revogação da privatização não é geralmente considerado como evidência de aversão a capitais portugueses pelo Governo, mas, dadas as referidas características da decisão, estes são considerados particularmente expostos. LER MAIS