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Dois anos depois, Portugal e Guiné-Bissau reatam relações
Foram mais de dois anos de costas voltadas, desde o golpe de Abril de 2012. Após um processo eleitoral validado internacionalmente, Portugal está pronto para reatar relações com a Guiné-Bissau.
O “regresso à normalidade das relações políticas” será marcado pela presença de Luís Campos Ferreira, Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, na cerimónia de tomada de posse dos novos deputados da Assembleia Popular, terça-feira em Bissau, relata hoje o Diário de Notícias.
Fonte do gabinete do governante afirmou ao jornal que Portugal “está disposto a ajudar a Guiné-Bissau neste momento crítico”. A cooperação institucional vai ser retomada, mas também pretende-se “reforçar os apoios” a Bissau, adiantou a mesma fonte.
As relações foram suspensas na sequência do golpe de Estado de abril de 2012, protagonizado pelo chefe de Estado Maior das Forças Armadas, António Indjai. Na altura, decorria a campanha eleitoral presidencial, e a vitória de Carlos Gomes Júnior era dada como certa.
Segundo o Diário de Notícias, não será para já que serão retomados os voos da TAP para Bissau. Estes foram suspensos depois de as autoridades guineenses terem forçado o embarque para Lisboa de 74 imigrantes ilegais sírios.
Um inquérito da Procuradoria guineense concluiu que foi o próprio ministro do Interior, ainda no cargo, a pressionar para que o pessoal da TAP embarcasse os sírios.