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Deputados europeus querem melhores resultados na cooperação da União Europeia com África
Os deputados europeus acreditam que a cooperação entre o continente europeu e o africano pode ser grandemente melhorada. De acordo com uma nova sondagem, divulgada no dia em que tem início a V CImeira União Europeia-África, apenas 22% dos parlamentares defendem que a cooperação é satisfatória, enquanto 31% considera pouco ou não satisfatória.
Nesse sentido, 55% dos entrevistados acredita que a cooperação entre os dois continentes é melhor providenciada pela União Europeia do que pela cooperação bilateral e existe um desejo real de que se fortaleça a cooperação entre as autoridades locais (81%).
A pesquisa para identificar o que os deputados europeus acham da cooperação entre a Europa e a África foi feita entre os dias 15 e 21 de novembro pela “Opinions en Région”.
O questionário foi enviado por email a 1565 deputados do Parlamento Europeu e membros da Comissão dos Assuntos Externos dos parlamentos francês, belga, italiano, espanhol, alemão, sueco, húngaro, grego, holandês e polaco. Destes, 421 responderam, através de uma plataforma de administração de questionários.
Ao questionar sobre o sucesso dos objetivos da 4ª Cimeira da União Europeia/União Africana em 2014, sendo 1 insatisfatório e 5 muito satisfatório, os resultados foram os seguintes: boa governança, democracia e direitos humanos teve a média mais baixa, 2,5/5; desenvolvimento de competências e criação de emprego, teve uma média de 3,02/5; investimento em comércio ficou com a média mais alta, 3,32/5, seguido pela luta contra o terrorismo e pela paz e segurança no continente africano, com uma média de 3,27/5.
A média geral ficou em 3,08/5, o que reflete a dificuldade de alcançar os objetivos gerais, que geralmente são muito ambiciosos.
Ainda nesta pesquisa, ficou claro que vários líderes (59%) pensam que seria útil desenvolver um eixo África-Mediterrâneo-Europa para permitir que os países do Norte da África se afastem do modelo promovido pelo islamismo radical. Ainda em termos de política, 75% dos parlamentares acreditam que o envio de observadores europeus no terreno durante as eleições é “útil” ou “muito útil”.