Acesso Livre
Itália quer fazer de Moçambique “epicentro” para África
Com as potências económicas globais em competição aberta por negócios em África, a Itália não quer ficar de fora. E o plano passa por fazer de Moçambique o “epicentro” da abordagem ao continente. O primeiro passo é dado sábado, com a visita do primeiro-ministro Matteo Renzi.
Na sua primeira visita a África, Matteo Renzi escolheu dois países lusófonos – Moçambique e Angola – além da República do Congo. As relações com Maputo são consideradas particularmente estreitas e com um papel histórico importante – a mediação italiana esteve na linha da frente do acordo de paz de 1992, que acabou com a Guerra Civil, assinado em Roma. Comercialmente, é também mais apetecível para as empresas italianas.
Renzi voltará a avistar-se com o presidente Armando Guebuza, com quem já esteve em Bruxelas em abril, no Âmbito de contactos entre a Comissão Europeia e a União Africana. O seu vice-ministro, Carlo Calenda, deixou claro o objetivo de fazer do país “um teste sobre como encarar um mercado em África” e mesmo o “centro da actividade” regional italiana, numa perspetiva de desenvolvimento das relações comerciais.
“Penso que existem todas as características necessárias e a possibilidade de tornar este um caso de extraordinário sucesso”, disse Calenda, citado pela imprensa italiana.
Os responsáveis italianos mostram-se particularmente interessados na construção de infraestruturas e na indústria agroalimentar. Hoje, a presença italiana no país tem uma forte componente de energia, com destaque para a Eni, envolvida na exploração de gás no país.
Renzi estará sábado em Maputo, no dia seguinte em Brazaville e segunda-feira, dia do início da Feira Internacional de Luanda (FILDA) aterra na capital angolana.