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"Não" da CPLP a cooperação militar com CEDEAO na Guiné-Bissau
A CEDEAO estendeu a mão, mas a CPLP ignorou. Foram duas as modalidades propostas pela comunidade dos países da África Ocidental, para que a organização lusófona se envolvesse diretamente no esforço militar para estabilização da Guiné-Bissau. Mas as resistências de países lusófonos falaram mais alto.
Em causa estava a participação da CPLP na força militar da CEDEAO em Bissau, a ECOMIB, segundo o Africa Monitor Intelligence. A comunidade regional tem vindo a chamar atenção para as suas dificuldades em assegurar o financiamento da operação. O maior país da CEDEAO, a Nigéria, está a ser duramente afetado pela quebra dos preços do petróleo.
A primeira possibilidade era a participação financeira: a CPLP repartir os custos que a CEDEAO até agora tem suportado integralmente com a ECOMIB. A outra era operacional: admitir contingentes de países da CPLP na estrutura militar da ECOMIB, avança o AM Intelligence.
Esta segunda solução permitiria uma desafectação parcial de forças oriundas de países da região. A abertura da CEDEAO foi comunicada à CPLP pela própria organização.
Autoridades do Senegal, país que preside à CEDEAO, bem como da Nigéria, o Estado mais influente da região, apresentaram por sua vez o assunto a autoridades de países da CPLP.
Segundo o AM Intelligence, o "não" da CPLP é visto como reflexo de reservas dos próprios países da organização. Até ao golpe de 2012, Angola tinha uma força de estabilização em Bissau, que foi obrigada a retirar pelos golpistas.
A reaproximação de Angola tem sido feita de avanços e recuos (continuar a ler).