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António Indjai deverá continuar sob sanções do Conselho de Segurança

António Indjai deverá continuar sob sanções do Conselho de Segurança


Quase quatro anos depois de terem sido alvo de sanções do Conselho de Segurança, António Indjai e os restantes envolvidos no golpe de Estado de 2012 não têm ainda perspetivas de recuperar integralmente os seus direitos. O secretário geral das Nações Unidas defende a continuação da medida.

Em causa está a resolução (2048) que proíbe viagens ao exterior a 10 oficiais das forças armadas e a um inspetor-geral considerados implicados no golpe de abril de 2012. A lista é encabeçada pelo antigo chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, António Indjai.

Na quinta-feira, segundo informação da ONU, a comissão que acompanha o regime de sanções na Guiné-Bissau, na pessoa da embaixadora da Nigéria na ONU, anunciou no Conselho de Segurança a revisão periódica da situação dos 11 implicados, visando determinar a eficácia do regime.

A diplomata admitiu o alcance limitado das medidas, mas sustentou que o regime de sanções contribuiu para alcançar uma solução política duradoura e que mantê-lo envia uma mensagem clara aos guineenses de que “os perturbadores, sem exceção, serão responsabilizados pelas suas ações”.

Entre os padrões para levantar as sanções, o comité cita o fim da reforma e desmobilização dos militares, a retoma total do controlo civil sobre os militares, o fim processo de reconciliação e a existência de sistema judicial funcional, segundo informação da ONU.

O último relatório do secretário-geral da ONU sobre o regime de sanções recomenda a sua manutenção ao Conselho de Segurança, por considerar que se mantêm as causas fundamentais da instabilidade no país e que as mesmas têm um efeito dissuasor, sendo mesmo considerado o único mecanismo de responsabilização dos golpistas.

Recomendou também ao Conselho de Segurança que avalie os indivíduos incluídos no regime de sanções para determinar se estão dentro dos critérios estabelecidos.

Depois de abandonar a vida militar, António Indjai voltou a reaparecer como um agricultor, numa entrevista a um meio de comunicação internacional (continuar a ler).