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Repressão de manifestação causa embaraço internacional a Angola
A reação violenta das autoridades angolanas às manifestações desta semana em Luanda foi amplamente difundida a nível internacional, uma nova fonte de embaraço em Luanda, aplicada diplomaticamente na sua promoção como um país promotor da paz a nível regional.
A principal agência de notícias internacional, Reuters, referiu o “espancamento e detenção de 20 pessoas”, que protestavam contra 3 mortes de ativistas pelas forças de segurança angolanas. Ao contrário dos manifestantes, nem polícia nem Ministério do Interior fizeram comentários.
No site Maka Angola, o activista Rafael Marques relata que os manifestantes tentaram concentrar-se no centro do Largo, onde se encontra a estátua do primeiro presidente de Angola, Agostinho Neto. A Comissão Administrativa da Cidade de Luanda (CACL) estaria informada da vigília de recordação do 27 de Maio de 1977, sob o lema “Chega de Chacinas”, mas não respondeu, o que foi interpretado como autorização.
Dá ainda conta da detenção de um jornalista durante duas horas. Relata ao pormenor o espancamento violento de jovens, com pormenores de crueldade. Fonte policial disse ao site que toda a operação de contra os detidos, no Comando da PIR, foi dirigida pelo ministro do Interior, Ângelo de Barros Veiga Tavares
Também a agência Bloomberg noticiou a “detenção e espancamento” de manifestantes, apontando para 19 indivíduos, citando um outro ativista. Dois manifestantes terão recebido tratamento médico e 3 desapareceram.